As quadras populares aqui colocadas foram recolhidas junto do povo, de pessoas que gostam de versos e os decoram facilmente.Como não há conhecimento acerca da autoria pressuponho que são todas de cariz popular e, portanto, de autor desconhecido; se assim não for, peço desculpa aos lesados e peço que mo comuniquem.Ocasionalmente colocarei algumas de autores conhecidos, que se enquadrem neste perfil popular e rústico. E como também eu tenho (modéstia à parte) algum jeito para quadras populares, publicarei algumas feitas por mim, devidamente assinadas.
Felipa Monteverde

domingo, 25 de abril de 2010

O meu amor me deixou

O meu amor me deixou
Por eu ter as calças rotas
É porque ele não sabia
Que eu em casa tenho outras.

Amor, tu estás tão longe

Amor, tu estás tão longe
Não te posso ir falar
Dentro do meu peito sinto
Meu coração a chorar.

Meu amor está ausente

Meu amor está ausente
Nas terras de além-mar
Quem mo dera aqui presente
Para com ele falar.

sábado, 17 de abril de 2010

Não há sol como em Maio

Não há sol como em Maio
Luar como em Janeiro
Não há rosa sem roseira
Nem amor como o primeiro.

O amor é uma albarda

O amor é uma albarda
Que se põe a quem quer bem
Eu pra não ser albardado
Não tenho amor a ninguém.

Gostaria de ser lágrima

Gostaria de ser lágrima
Pra nos teus olhos nascer
Deslizar na tua face
E aos teus lábios ir morrer.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ó Lua que vais tão alto

Ó Lua que vais tão alto
Alumia cá pra baixo
Tenho o meu amor à espera
Às escuras não o acho.

Se queres saber quem sou

Se queres saber quem sou
À Lua vai perguntar
O meu pai é uma estrela
E minha mãe o luar.

Se me persegues de dia

Se me persegues de dia
E de noite tu me deixas
Não digas que é fantasia
A razão das minhas queixas.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Se eu ficar solteirinha

Se eu ficar solteirinha
Não me devem censurar
Há muitas uvas na vinha
Que ficam por amadurar.

Se te amo tenho guerra

Se te amo tenho guerra
Se te deixo tenho dor
Tenha a guerra que tiver
Deixar-te não, meu amor.

Se as saudades matassem

Se as saudades matassem
Eu já tinha falecido
Elas não matam mas moem
Fazem perder o sentido.